Durante a campanha, campanha do PL registrou quase 400 mil doações, o que dificulta a análise dos números pela Corte Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá analisar a prestação de contas de Jair Bolsonaro e Lula nas eleições de 2022 por amostragem. A prática – que não é inédita – será adotada devido à campanha do atual presidente ter recebido 397.855 contribuições, que totalizaram R$ 125 milhões em doações.
O número é bem superior às 76.249 entradas registradas na conta de Lula (que, no entanto, teve R$ 10,3 milhões a mais). As prestações de contas de Bolsonaro já se provariam ser complicadas quando a campanha notou um alto número de doações de pequeno valor proveniente de seus eleitores. De acordo com dados do TSE, a campanha do PL recebeu 322.725 aportes de até R$ 10, comparados a apenas oito no PT.
O pedido foi feito pela própria Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Aespa) da corte e aceito, na semana passada, pelo ministro Raul Araújo. O plano da corte é analisar apenas doações acima de R$ 100 – com estes critérios, a Corte Eleitoral analisará 10.537 registros de Lula, totalizando R$ 132,4 milhões (97,85% do total recebido). As de Bolsonaro cobririam R$ 121,5 milhões – algo como 97,1% das receitas, mas apenas 4,43% do número de doações.
Para os gastos, serão analisados apenas valores acima de R$ 20 mil. Nesse caso, serão 578 registos em nome de Lula e 245 em nome de Bolsonaro.
A amostragem já foi utilizada em outro momento: durante as eleições de 2014, entre Aécio Neves e Dilma Rousseff. À época, a proposta de amostragem fez uma seleção tanto de doações quanto para despesas acima de R$20 mil.
Fonte: O Antagonista.
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