A Procuradoria-Geral da República refutou seis dos nove pedidos de indiciamento apresentados pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros
Em manifestação encaminhada ao STF, a Procuradoria-Geral da República defendeu hoje (25) o arquivamento de seis apurações preliminares contra Jair Bolsonaro, apresentadas pela CPI da Covid no ano passado.
As petições, assinadas pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, também envolvem o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que é suspeito de pressionar o governo a liberar a vacina Covaxin.
Segundo a número dois de Augusto Aras, as convicções do relator da CPI, Renan Calheiros, tiveram caráter “eminente político” e foram baseadas em elementos probatórios “frágeis”. Ainda segundo Lindôra, a CPI não demonstrou, nos pedidos de indiciamento, a relação direta entre o desrespeito às medidas sanitárias por parte do presidente da República e o número de contaminações durante a pandemia de Covid.
“Inúmeras pessoas contaminadas nem sequer tiveram contato direto ou indireto (por meio e terceiras pessoas) com o Presidente da República, afastando a possibilidade de responsabilização por esse fato”, disse a vice-PGR.
“Quanto às aglomerações, o acúmulo de pessoas não pode ser atribuído exclusiva e pessoalmente ao Presidente da República. Todos que compareceram aos eventos noticiados, muito embora tivessem conhecimento suficiente acerca da epidemia de Covid-19”, afirmou Lindôra.
Fonte: O Antagonista.
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