Com o início do ano letivo, o Brasil encontrou novamente os seus trilhos, pronto para enfrentar os desafios politicos e econômicos, agora sob a batuta de Jair Bolsonaro, içado ao cargo máximo nas urnas de outubro.
A posse presidencial, dos governadores e a nomeação dos Ministérios serviu para agitar politicamente o mês de janeiro, enquanto que a inauguração do Congresso renovado, em fevereiro, encheu de expectativas e esperanças a maioria dos brasileiros.
A letárgica política brusquense também viveu o seu momento de frisson, com a divulgação dos nomes de eventuais candidatos ao paço municipal nas eleições de 2020.
Quem, como quem vos escreve, alimentava a esperança de que um mini tsunami traria uma renovação política e consequentemente uma Fórmula 1 com carros de última geração, robustos e poçantes, ficou a ver navios: por ora pontificam no grid de largada um Gordini, um Simca Chambord e um Carro de Mola.
Pergunta-se por onde andam os nossos competentes empresários e dinâmicos profissionais liberais? Certamente engavetaram suas cidadanias e resolveram cuidar única e exclusivamente de seus negócios particulares.
A súbita exoneração de dois conhecidos políticos brusquenses de suas funções públicas também agitou a cidade. Ambos fizeram o que não deviam, o que comprova que mutretas não são exclusividade dos políticos nordestinos, como se propaga por aqui.
O atentado ao mega empresário Luciano Hang foi outro assunto que mobilizou os brusquenses. Felizmente nada de mais grave aconteceu, pois o suposto terrorista, aparentemente nada mais era do que um fiel discípulo de Lula que, frustrado e de saco cheio das intermitentes marretadas ao guru, resolveu vingar-se em quem estava à mão: o empresário e sua réplica em papelão.
É importante que o acontecido sirva de exemplo, pois o mundo está cheio de malucos. De qualquer forma, é difícil entender a insistência de Luciano, um empresário de competência comprovada e fundador de um império varejista como é a Havan, em investir seu precioso tempo em gravar “clips” para falar mal do PT, de Lula e de Paulo Eccel.
Creio que em nada ajuda ao país, aumenta o número de seus desafetos e aumenta os riscos de sua segurança pessoal e a de seus familiares. Definitivamente, o momento já é outro e o negócio agora é torcer para que o pessoal lá de cima, acerte o taco.
A capital federal, por sua vez, tornou-se palco de uma feroz luta pelo poder: de um lado, os ideológicos, que incluem o clã Bolsonaro e os olavistas, e do outro os moderados, liderados pela ala militar e por Mourão, que lentamente vai se firmando como o homem forte do regime.
Consequências já se fizeram sentir: no Itamaraty, o amadorismo funcional aliado à ortodoxia ideológica do chanceler Ernesto Araújo precipitou uma intervenção da ala militar do governo, cabendo doravante ao general Mourão um papel dominante na política externa do país.
No Ministério da Educação, demitiu-se sumariamente oito funcionários, todos do primeiro escalão e nomeados por motivos ideológicos. Justificativa da demissão: foram responsabilizados pelo envio “daquela” carta às escolas, solicitando que o slogan da campanha de Bolsonaro fosse lido pelas crianças, que cantassem o hino nacional e o registro do evento em vídeo enviado ao Ministério da Educação.
Lamentáveis essas disputas internas que desgastam, paralisam e prejudicam a eficiência do aparelho estatal.
Admirável movimentação vinda do Parlamento: a bancada Evangélica, um dos pilares de sustentação do governo Bolsonaro, resolveu esquecer o despojamento que prega e encontra-se em vias de cometer um pecado capital: a gula. Exige cargos no governo e ameaça retirar o seu apoio às reformas, se não for atendida.
Até parece que voltamos ao dia de ontem.
Deixe um comentário