Nobel para Luiz Inácio
O prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino ativista de Direitos Humanos, Adolfo Pérez Esquivel, apresentou à Fundação Nobel, com sede em Estocolmo, Suécia, a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para receber o prêmio Nobel da Paz de 2019.
Fundada por Alfred Nobel, descobridor da dinamite, a fundação concede, anualmente, desde 1901, esta láurea máxima aos que se destacaram em pesquisas ou descobertas importantes nas áreas da Matemática, Física, Química, Medicina, a que produziu uma obra excepcional na Literatura e àquele que contribuiu de forma relevante para o entendimento dos povos, que seria o Nobel da Paz.
Esquivel fundamenta e justifica a candidatura do ex-presidente ao Nobel da Paz pela excepcional preocupação de Lula para proteger minorias da exclusão neoliberal, tendo seu governo se destacado no progresso da luta contra a fome, pela melhora da saúde e educação e da dignidade do cidadão.
Circula na internet um abaixo assinado endereçado à Fundação Nobel, solicitando o cancelamento da candidatura de Lula ao Nobel da Paz de 2019. Nos diz a experiência que a Academia Sueca não dará muita importância ao abaixo assinado dos detratores de Lula, mas espera-se que considere frágil demais argumentação e justificativas para a outorga de uma láurea de tal envergadura ao ex-presidente.
Eleições
Segundo a mais recente pesquisa eleitoral da Datafolha, Lula continua franco favorito nas eleições presidenciais de outubro vindouro. Em um dos cenários, lidera com 31% a preferência do eleitorado, tendo a mudança de residência para Curitiba lhe custado preciosos 6%, pois detinha 37% na pesquisa anterior. Jair Bolsonaro com 17% e Marina com 15% completam o trio na liderança. Sem haver oficializado a sua candidatura, aparece Joaquim Barbosa, ex-integrante do STF. Íntegro, ponderado, culturalmente sólido e profundo conhecedor do sistema jurídico brasileiro, faz da luta anti-corrupção o seu cavalo de batalha. Uma candidatura que merece a nossa atenção.
As arrobas do Jair
Raquel Dodge, Procuradora Geral da República, denunciou ao STF o presidenciável Jair Bolsonaro, acusando-o do crime de racismo. O candidato, após a visita a uma comunidade quilombola, comentara que “o afrodescendente mais leve da comunidade pesava 7 arrobas”. Para quem não se recorda, a arroba era a medida usada para pesar os escravos, sendo que uma arroba corresponde a 15 kg atualmente. A Controladoria Geral da União considerou a declaração ofensiva à comunidade negra e o presidenciável vai ter que entender-se com o Supremo Tribunal Federal.
Notícia falsa
Sempre mais as notícias falsas, baixarias, ofensas e mentiras tem minado a credibilidade das redes sociais que se tornaram, entre outras coisas, a arena preferida para distribuir agressões, libertar-se de frustrações e questionar reputações alheias.
Recentemente uma noticia causou furor entre os locais: tratava-se de um áudio atribuído ao general da reserva Augusto Heleno Pereira Ribeiro, ex-comandante da Forças Brasileiras no Haiti, sempre polêmico e conhecido por sua linha dura na condução dos negócios militares. Prognosticava, sem maiores rodeios, um iminente golpe militar, com subsequente declaração do estado de sítio, fechamento do Congresso, do STF, cancelamento das eleições de outubro, e um eventual derramamento de sangue, dos comunistas, naturalmente.
De imediato considerei falsa a notícia, já que o momento histórico que atravessamos não exige um movimento de sedição dos militares. Causa estranheza, no entanto, que as Forças Armadas não tomem providências para tirar de circulação estas falsas mensagens, que acabam arranhando a sua imagem e reputação, além de intranquilizar a população.
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