Líderes do bloco, incluindo o presidente Lula, discutem estratégias para ampliar a cooperação econômica e criticam medidas que consideram "chantagem tarifária" no cenário global.

BRICS se posiciona contra sanções unilaterais e busca fortalecer comércio interno em cúpula virtual
Em uma importante reunião virtual realizada nesta segunda-feira (8), os líderes dos países que compõem o BRICS — bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de seus novos membros — debateram formas de ampliar os mecanismos de comércio e cooperação econômica entre si. O encontro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também serviu de palco para uma forte crítica a medidas protecionistas e sanções unilaterais que, segundo os participantes, geram instabilidade no cenário internacional.
Durante as discussões, um dos pontos de maior destaque foi a necessidade de fortalecer as relações comerciais dentro do próprio bloco, criando alternativas para reduzir a dependência de outras moedas e sistemas financeiros. A pauta surge como resposta direta aos riscos crescentes associados a políticas comerciais impostas de forma unilateral por algumas das maiores economias do mundo.
O presidente Lula, em seu discurso, foi enfático ao classificar certas práticas como “chantagem tarifária”, afirmando que tais medidas são utilizadas como instrumentos para interferir em questões domésticas de outras nações e prejudicam o desenvolvimento dos países emergentes. Segundo o Palácio do Planalto, a reunião teve como objetivo alinhar as visões dos membros sobre como enfrentar esses desafios e ampliar a solidariedade e a coordenação entre as nações do BRICS.
Além do anfitrião brasileiro, participaram da cúpula virtual os líderes da China, Rússia, África do Sul, Egito, Irã e Emirados Árabes Unidos, além de representantes da Índia e da Etiópia. A mensagem consolidada do encontro foi a de que o fortalecimento do multilateralismo e a busca por um sistema de comércio global mais justo e equilibrado são essenciais para a estabilidade e o crescimento econômico de todos.
O bloco reafirmou seu compromisso em trabalhar conjuntamente para superar os atuais desafios geopolíticos e econômicos, destacando a importância da cooperação Sul-Sul como motor para um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável. A expectativa é que as propostas discutidas avancem nas próximas reuniões e resultem em ações concretas para a expansão do comércio e dos investimentos entre os países membros.
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