A agenda, prevista para os próximos dias, deverá contar ainda com a presença da senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher e outras mulheres que atuam na base do governo
A campanha do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), quer que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, visite a região administrativa São Sebastião, no Distrito Federal, nos próximos dias.
Com o objetivo de amenizar o impacto negativo das declarações do presidente sobre as meninas venezuelanas que vivem na periferia do DF, a ideia é que Michelle converse com as adolescentes refugiadas.
A agenda deverá contar ainda com a presença da senadora eleita pelo Distrito Federal, Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher.
Outras mulheres que atuam na base do governo também podem comparecer ao encontro.
Na última sexta-feira (14), Bolsonaro falou sobre as meninas em um podcast, quando lembrou uma visita à região, e deu a entender que venezuelanas, entre 14 e 15 anos, e vivem no local, seriam garotas de programa. Ele também usou a expressão “pintou um clima” ao comentar o encontro com as jovens, o que acabou viralizando nas redes sociais.
Desde a divulgação da fala, o presidente da República vem sendo acusado, em especial pelo Partido dos Trabalhadores (PT), de pedofilia.
Em uma live, nesta madrugada (16), Bolsonaro se defendeu das acusações e disse que a fala foi cortada. O presidente também acusou o PT de distorcer o que ele quis dizer e afirmou sempre ter combatido esse tipo de crime.
“Em 2020, fiz uma live de dentro de uma casa de umas meninas venezuelanas. Devia ter umas 12, 13, 14 meninas. Eu mostrei a minha indignação, estava na região periférica de Brasília, com a minha moto, quando eu parei e vi umas meninas de 14, 15 anos, arrumadas, meninas humildes, e eu pedi para entrar na casa delas”, explicou.
“O PT recorta pedaços como se eu estivesse atrás de programas. Fiz uma live, foi demonstrado o que estava acontecendo. (O PT) Pega pedaço e fala ‘pintou um clima’? Que vergonha é essa? Sempre combati a pedofilia”, rebateu o presidente.
Devido à repercussão, segundo interlocutores, a coordenação de campanha chegou a avaliar em cancelar a participação do chefe do Executivo no debate deste domingo (16), organizado pelo pool de veículos de comunicação que incluem o Grupo Bandeirantes, UOL, Folha e TV Cultura — e que será transmitido também pela CNN. O presidente, no entanto, confirmou sua participação.
Fonte: CNN Brasil.
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