A nossa cidade está virada de pernas para o ar, mas felizmente não por excessos da natureza, mas sim pela chegada de uma vibrante onda de progresso: instalação de tubos para o escoamento de águas pluviais, vias de conexão com a Beira Rio, planos para a instalação de um sistema de esgoto municipal, novas pontes e um anel viário, enfim, uma infinidade de melhorias aguardadas há décadas, mas sistematicamente engavetadas pelas administrações anteriores.
A prática nos ensinou, no entanto, que não somente os mega projetos contribuem para o funcionamento de uma cidade e que o desatar de um pequeno nó pode representar a solução de um problema que afeta uma grande área.
A roleta russa nas imediações da Aradefe é um nó que precisa ser desatado, pois além de perigoso é indigno como entrada de uma cidade catalogada entre as 200 mais progressistas do país.
A falta de um maior número de ciclovias na cidade é um nozão a exigir atenção imediata das autoridades, mormente por constituir um entrave à segurança dos usuários, de fatias da população menos favorecidas que, por falta de empregos, pandemia e inflação, utilizam sempre mais a bicicleta em suas idas e vindas diárias.
A tragédia de Petrópolis acaba de nos comprovar que a mudança climática existe, sempre mais agressiva para cobrar a conta pela constante degradação da natureza pelo homem. Nos comprova, outrossim, que a ausência de uma consistente política de prevenção pode custar valiosas vidas humanas, além de muito dinheiro.
Nosso rio Itajaí-Mirim divide a cidade ao meio, e suas águas já trouxeram muita tristeza e prejuízos à população. Espera-se que a tragédia da Cidade Imperial sirva de alerta a nossas autoridades municipais.
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