Foi nas longínquas terras africanas que o meu WhattsApp resolveu surtar, atolando-me em mensagens dramáticas e cada vez mais alarmantes. O motivo era mais do que justificável, pois iniciava-se no Brasil uma greve dos caminhoneiros que, como fogo em palha, prometia paralisar por completo o país.
O motivo imediato do protesto teria sido um abusivo aumento do óleo diesel, mas é um segredo aberto que o desconforto e a insatisfação do povo contribuíram decisivamente para que o movimento obtivesse, de imediato, o apoio irrestrito de largos segmentos da população.
Com a ampliação do movimento grevista, uma onda de patriotismo desafiador tomou conta da população, disposta a exigir não somente combustíveis mais baratos, mas também um governo menos corrupto e mais transparente, pois este que aí estava já não agradava a quem quer que fosse.
Ao poder central, acuado e atônito, não restou outra alternativa do que a negociação que, complicada e lenta, acabou desmotivando a população. Prateleiras vazias nos supermercados e falta de combustível nos postos fizeram o patriotismo esmaecer e foram uma ducha fria na empolgação: o individualismo, e a generalizada ausência de convicções políticas, acabaram fazendo com que esta singular oportunidade de influir nos rumos da nação terminassem no meio do caminho. Lamentavelmente acabamos perdendo este único e precioso momento de fazer ouvir a nossa voz em prol das tão necessárias reformas para um Brasil mais justo, menos corrupto e mais transparente.
Para alegria geral da nação e tristeza de alguns brusquenses, a soldadesca não abandonou os quartéis, o que nos proporciona uma nova ,importante e imperdível oportunidade de influenciar diretamente os destinos da nação: as eleições de outubro próximo. E para limpar o Congresso das impurezas que o assolam, deveríamos todos votar em candidatos novatos: pois é preferível empossar um burro (no início do mandato) do que um ladrão (no mandato integral).
O centro de eventos
A convite do diretor de Turismo de Brusque, Norberto Maestri, o Kito, membros do Núcleo de Turismo da Acibr tiveram a oportunidade de acompanhar as obras de restauração do centro de eventos Maria Celina Vidotto Imhof, em andamento.
Em verdade, muito pouco do majestoso centro conseguiu resistir às intempéries do tempo. Décadas de desleixo na manutenção da “alma mater” do turismo municipal, reduziram o centro de eventos a uma ruína, prova inconteste da irresponsabilidade dos governantes com o bem público.
Telhado apodrecido, colunas de concreto prejudicadas, vigas de ferro carcomidas pela ferrugem, e instalação elétrica em total desacordo com as normas de segurança exigidas fazem parte deste panorama desolador que felizmente não se tornou palco de uma tragédia maior durante uma das concorridas festividades que por lá acontecem.
Para sanar adequadamente o combalido centro de eventos, recursos de outras secretarias estão sendo desviadas para o setor de turismo, mostrando-se Kito Maestri otimista quanto ao término das obras: agosto do corrente ano.
Cabe a meu ver a pergunta: se não seria mais racional utilizar os recursos programados para a restauração do Celina Imhof para iniciar o projeto da Vila Olímpica na periferia da cidade que certamente deixaria jipeiros, motoqueiros, cavaleiros e cervejeiros mais a vontade, num ambiente mais adequado às suas reais necessidades.
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