Investigadores suspeitam de operações fictícias para gerar dinheiro em espécie, utilizado como propina a agentes políticos em troca de contratos públicos
A Polícia Federal cumpre agora de manhã oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Francisco Maximiano, dono da Global Gestão em Saúde e da Precisa Medicamentos, suspeita de fraude na venda de vacinas para o governo federal.
Cerca de 50 policiais federais e servidores da Receita Federal participam da operação.
É a terceira ação policial em duas semanas contra Max.
Segundo a PF, há suspeita de simulação de “operações comerciais e financeiras inexistentes com a finalidade de desviar dinheiro” de contratos com o setor público na área de medicamentos “para empresas de fachada”.
“O intuito dessas operações fictícias era gerar dinheiro em espécie, utilizado como propina a agentes políticos como pagamento em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais. A participação dos executivos, funcionários e sócios das empresas envolvidas nas operações simuladas é investigada.”
Os investigados devem responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.
A operação, batizada de Acurácia, é a 14ª fase da Operação Descarte, um desdobramento da Lava Jato que investigou contratos de limpeza urbana em São Paulo.
No caso atual, a investigação decorre das delações do advogado Luiz Carlos Claro e seu filho Gabriel Claro, firmada ainda em 2019.
Segundo a Folha, os delatores revelaram que a Global simulou, por exemplo, a compra de sucata, como celulares antigos ou quebrados, por preços acima dos valores de mercado, com o objetivo de gerar dinheiro em espécie para o esquema.
Fonte: O Antagonista.
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