Nosso país está sendo palco, neste momento, de um movimento cujo objetivo primordial reside na aprovação de um projeto de lei pelo Congresso, que permitiria à maioria da população a aquisição e uso de armas de fogo.
Liderado pelo deputado federal Rogério Mendonça, o Peninha, o grupo pretende ver revogado o Estatuto do Desarmamento de 2003, que regulamenta, de maneira bastante restritiva, o uso de armas de fogo no país. Para não perder tempo, o grupo já protocolou o projeto de lei que, se aprovado, facilitaria a aquisição de armas de fogo por praticamente qualquer cidadão brasileiro.
Bene Barbosa, presidente da ONG Viva Vida, um dos sustentáculos do projeto, afirma que o plano vai ao encontro dos desejos da população e traria enormes benefícios para a segurança pública e para o direito à legitima defesa do cidadão brasileiro.
Vale salientar que o mencionado projeto é o sonho dourado do presidenciável Jair Bolsonaro, além de contar com o irrestrito apoio de importantes empresários brusquenses bem como de candidatos locais a cargos eletivos nas eleições de outubro.
Estamos mais do que convencidos que não é este o caminho adequado a ser seguido para que a sociedade viva em segurança. Provê-la é obrigação do Estado, que não pode furtar-se de sua responsabilidade, dividindo-a com a população através da distribuição de armas.
Países do primeiro mundo como os EUA encontram-se numa campanha intensa para a limitação de armas de fogo entre a população, em virtude das inúmeras tragédias ocorridas principalmente em escolas e campus universitários.
Levando em consideração a fragilidade cultural da maioria da população brasileira, o machismo ainda reinante em certas camadas sociais, a permissividade em nossos costumes e a incontrolável disseminação das drogas, leves e pesadas, principalmente entre a população jovem, encaro com ceticismo e temor esta investida dos armamentistas.
Traições, ajustes de contas, vinganças, dor de corno e querelas de menor importância correriam o risco de serem resolvidos na base do trabuco, que, além de tudo, ainda nos defrontaria com um problema operacional: como controlar o porte de armas em megaeventos como a Oktoberfest e a Fenarreco? Detectores de metais como aqueles usados nos aeroportos?
Cremos que falta de segurança se combate lutando contra a miséria, investindo na formação de professores e escolas de qualidade, combatendo a evasão escolar, criando cursos profissionalizantes para os adolescentes, aprimorando o sistema de saúde e criando uma lei anti drogas rigorosíssima, principalmente para os traficantes. Seria um início.
Estranhas alianças
Flávio Dino é governador do Maranhão e membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e resolveu candidatar-se novamente ao posto máximo em seu estado para enfrentar nas urnas o poderoso e aparentemente eterno clã dos Sarney que, com Roseana, filha de José, postula pela enésima vez o comado do estado.
Para sedimentar a sua campanha, o comunista andou de olho nos votos dos evangélicos, tendo já contratado um grande número de pentecostais para integrar os bem pagos quadros do governo.
Sabendo-se que os comunistas são ateus e a cartilha condena a prática religiosa, poderíamos concluir que:
– o governador do Maranhão é um comunista do araque, que acabou entrando no partido porque outro não lhe deu abrigo;
-os pentecostais não têm a menor ideia do que seja comunismo;
– os fiéis guardiões das virtudes da ortodoxia judaico cristã acabaram seduzidos pelas promessas de bons salários, eventuais mordomias e se renderam às benesses de um mundo nada virtuoso e que não é o seu. Imagino que vão gostar da experiência;
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