Com a divulgação dos resultados das urnas do segundo turno, no anoitecer do último domingo, encerrou-se oficialmente a etapa derradeira das eleições municipais de 2020, tranquilas, sem dúvida, visto que a maioria dos postulantes optaram por abrir mão dos improdutivos embates ideológicos, tão em moda nos dias atuais, para ocupar-se do que realmente interessa: os problemas paroquiais e os desafios nacionais como a pandemia e a subsequente crise econômica.
Os grandes vencedores destas eleições municipais foram os partidos do centro como o DEM, PSDB, PP, MDB e PSD que, com moderação e equilíbrio, souberam conquistar o eleitorado, abocanhando a maior parte das prefeituras em disputa. A taça do “grande perdedor” coube ao Partido dos Trabalhadores, que pela primeira vez em sua história viu-se alijado do comando das prefeituras em todas as capitais da Federação.
Jair Messias também nada teve para comemorar, pois praticamente todos os candidatos ungidos com a bênção presidencial não foram eleitos. Especialmente eletrizante mostraram-se os duelos do segundo turno em Porto Alegre, Recife e São Paulo onde partidos de centro direita conseguiram nocautear coligações da esquerda, até as próximas eleições, por enquanto.
Em são Paulo, maior colégio eleitoral do país, a vitória de Bruno Covas do PSDB reveste-se de uma importância especial, pois ao que tudo indica caberá ao alcaide paulistano, juntamente com o governador João Doria, aglutinar as forças centristas que deverão enfrentar o bolsonarismo nas eleições presidenciais de 2022.
Bolsonaro, profundamente abatido com os resultados das eleições americanas que varreram da Casa Branca o idolatrado Trump, treme na base ao imaginar que o mesmo possa lhe acontecer acá nos trópicos, e para prevenir já copiou a estratégia de seu mentor, passando a desacreditar o processo eleitoral brasileiro, suscetível a fraudes, segundo ele, e exigindo um retorno imediato às cédulas impressas. Pelo andar da carruagem, devemos preparar-nos para o retorno da TV em preto e branco.
Cá na terrinha, as eleições transcorreram sem maiores emoções, e a população viu-se agradavelmente surpreendida com as “caras novas” no cenário político da cidade. Moacir Gomes Ribeiro e os empresários Tairini Raimundi e Chico do Vinagre mostraram-se dispostos a meter as mãos na massa e contribuir para o desenvolvimento da cidade.
Exemplo louvável a ser seguido por nosso empresariado, sempre dinâmico no mundo dos negócios, mas observador e reticente na política, na convicção de que o apoio a um manifesto da ACibr equivale a uma contribuição cívica mais do que generosa à prosperidade da amada Brusque imortal.
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