Em publicação no Twitter após ligação, presidente ucraniano disse que retomada do comércio de grãos ucranianos é importante para "evitar crise alimentar global"
O presidente Jair Bolsonaro (PL) conversou por telefone com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, nesta segunda-feira (18).
“Eu o informei sobre a situação no front. Discutimos a importância de retomar as exportações de grãos ucranianos para evitar uma crise alimentar global provocada pela Rússia“, publicou Zelensky no Twitter após a ligação.
O líder ucraniano também reforçou seu pedido recorrente de que os países apliquem sanções contra os russos.
“Peço à todos os parceiros que se juntem às sanções contra o agressor”, concluiu o tweet de Zelensky.
A CNN procurou o Palácio do Planalto para comentar a conversa telefônica, mas ainda não teve retorno.
Bolsonaro diz que telefonema será “segredo de Estado”
Em entrevista a jornalistas neste domingo (17), Bolsonaro falou de sua expectativa para a ligação.
“Eu não sei o que ele vai falar comigo, o Zelensky, né? Mas eu pretendo falar para ele o que que eu acho, né? E se perguntar para mim alguma coisa, onde podemos colaborar, eu vou dar a minha opinião, já que só vou dar se ele pedir.”
“Isso não pode vazar, é segredo de Estado, assim como a minha conversa com o (presidente russo, Vladimir) Putin, levou três horas, falamos muita coisa”, acrescentou.
O presidente disse que o contato deve ser acompanhado apenas pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França, e um intérprete. Sobre o teor da conversa, Bolsonaro afirmou que não sabe ao certo o que o presidente ucraniano planeja.
“É solidariedade à Ucrânia”, diz Mourão sobre conversa de Bolsonaro e Zelensky
Questionado sobre a ligação nesta segunda (18), o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse que a motivação da conversa é “solidariedade”.
“Eu acho que é solidariedade à situação que a Ucrânia está vivendo, situação difícil. A infraestrutura do país sendo destruída pelo conflito. Acho que é mais ou menos por aí que o presidente vai conversar”, afirmou.
Fonte: CNN Brasil.
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